O tratamento do câncer ganha aliados. Com o objetivo de ajudar os pacientes a enfrentar a doença, o hospital Albert Einstein incluiu práticas milenares, como a yoga e o reiki, no acompanhamento médico.
Desenvolvido há um ano e meio, o projeto integra o plano de medicina integrativa, coordenado pelo cirurgião Paulo de Tarso Lima. Entre os métodos adotados está a kundalini yoga, que trabalha com técnicas de respiração e meditação.
A prática regular dos exercícios é considerada um auxílio terapêutico. "Eles ajudam o paciente a aceitar melhor a doença e a enfrentar o tratamento", explica o médico Rodrigo Yacubian, especialista que participa do projeto adotado no Einstein.
Com o método, o paciente adquire mais autoconfiança e consegue reduzir a ansiedade e os medos que surgem, principalmente após o anúncio da doença. "Ele atua no paciente como um todo. É uma ferramenta a mais, aliada ao tratamento tradicional", diz Yacubian.
Bons resultados também vêm sendo obtidos no tratamento de doenças psiquiátricas, como depressão e síndrome do pânico.
No Brasil
Segundo Rodrigo Yacubian, o modelo desenvolvido é pioneiro no país e se assemelha a projetos adotados em instituições dos EUA, como a Universidade da Califórnia, em San Diego.
Recentemente, a Universidade de São Paulo (USP) criou o Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento, que, entre outras pesquisas, estuda os efeitos da kundalini yoga na psiquiatria.
O instituto é coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel Filho. "Aos poucos abre-se mais espaço para o assunto na área médica", diz Yacubian. l
Curso explica uso médico da meditação
No próximo dia 16, será realizado um curso sobre o uso da meditação em tratamentos médicos, no anfiteatro de Farmacologia da Faculdade de Medicina da USP. Coordenado pelo médico Rodrigo Yacubian e ministrado pela professora Guru Sangat Kaur, o curso é voltado a profissionais e interessados. Vagas limitadas.
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Fonte: Destak