Prática de monges tibetanos une respiração e alongamento

Em 1939, um ritual praticado por monges tibetanos chegou ao Ocidente com a publicação de "A Fonte da Juventude", do escritor norte-americano Peter Kelder. O livro --que obteve sucesso internacional nos anos 80, publicado no Brasil pela editora Best Seller- indica uma série de cinco exercícios, chamados de "ritos tibetanos", como uma fórmula para o rejuvenescimento.

Verdade ou mito, os tais ritos continuam sendo praticados e foram adotados em programas de educação física e em spas.

Há cerca de um ano, o professor de educação física Wagner da Rocha utiliza os exercícios em cursos dirigidos à terceira idade. "Fiquei impressionado com os resultados. A série proporcionou diminuição de flacidez, alívio de dores musculares e regulação da pressão arterial e do funcionamento do intestino", afirma.

Inspirados em posições da ioga, os exercícios devem ser feitos todos os dias para que os resultados sejam significativos. Segundo ele, cada posição tem o papel de acionar e potencializar o funcionamento de chacras (centros de energia do corpo) específicos. "Os chacras estão diretamente associados às glândulas, que funcionam como fábricas de substâncias químicas e hormônios que fazem o corpo funcionar bem", diz.

Depois de praticar os ritos diariamente por muitos anos, a professora de educação física eslovena Helga Ficher, proprietária do spa Viktoria Garten, resolveu ensinar a série de exercícios a seus clientes. "São exercícios bem completos, pois, além de alongar, eles também fortalecem os músculos", afirma. De acordo com o livro, o ritual é feito de forma progressiva. O praticante deve começar fazendo de três a cinco vezes cada um dos cinco movimentos até chegar a 21 vezes em cada posição.

A professora de geografia Sandra Cutar, 47, faz a série de exercícios há três anos. "Não acredito que tenha rejuvenescido, mas me sinto mais disposta, com mais energia durante o dia", afirma.

O professor Wagner da Rocha mostra como deve ser feito cada movimento. As posições são simples, mas devem ser evitadas por pessoas que apresentem lesões na coluna.

Fonte: Folha